Cadu Moura“Acqua Movie” é o novo filme do diretor pernambucano Lirio Ferreira, o mesmo de “Baile Perfumado” (1996), “Sangue Azul” (2014) e “Árido Movie” (2005), cujo filme é relembrado nesta nova história, a partir da morte de seu protagonista Jonas (Guilherme Weber).
Após este evento, a documentarista Duda (Alessandra Negrini), esposa de Jonas, volta para o velório em SP para ficar com seu filho Cícero (Antonio Haddad Aguerre), que a convence a levar as cinzas de Jonas para sua cidade natal no sertão nordestino.
Lirio Ferreira aqui tenta realizar um filme que estabelece princípios sobre a questão ambiental e da demarcação indígena no entorno de um relacionamento ferido entre mãe distante e filho, porém a mistura com elementos regionais provenientes de “Árido Movie” não encaixam e deixam o filme desarmonioso.
Alessandra Negrini traz uma atuação bem correta, mas o roteiro fraco e desequilibrado prejudica demais os diálogos do filme, prejudicando bastante por exemplo a interpretação do ator mirim Antonio Haddad Aguerre, que transparece uma infantilidade maior do que alguém de 12 anos.
Mesmo a boa fotografia não consegue estabelecer uma linguagem sensorial que um filme com essas características exigiria, onde o elemento da água é usado superficialmente e demasiadamente panfletário, sem uma construção melhor dentro do drama que a história apresenta.