Onde ver: Netflix
7.5Média da Hybrido
Votação do leitor 2 Votos
8.9

A série “Stranger Things” alcançou enorme sucesso ao reinventar a nostalgia ploc associada ao gênero de filmes sci-fi e de terror dos anos 80, mostrando um grupo de crianças tendo que encarar a influência de uma dimensão paralela na sua cidade, fomentada por um projeto secreto do governo envolvendo poderes psíquicos como armas.

Se a primeira temporada usa e abusa da estética oitentista dos filmes com protagonistas crianças, referenciando-se muito em blockbusters juvenis produzidos por Spielberg na época, a segunda parte para um crescente de violência assim como a idade dos protagonistas também avançam para uma pré-adolescência, indo um pouco para o caminho slasher na sua parte final, numa estética mais do cinema de John Carpenter e Wes Craven.

Porém, a estrutura narrativa é bem repetitiva da primeira para a segunda temporada. Se o sumiço de Will é o ponto inicial na 1ª, na 2ª é entender como tudo aquilo afetou Will internamente. Trocam-se luminárias de Natal por túneis desenhados compulsivamente, câmara sensorial por uma sala de interrogatório, tudo é muito similar num modelo fácil de identificar, criando sentimento de repetição.

Os atores juvenis merecem todo o sucesso, pois atuam muito bem e passam o sentimento de amizade que é a grande ligação emocional que o seriado nos traz, e os adultos que os cercam também seguem bem a linha, formando um elenco com personagens fortes como toda série precisa.

O próximo passo, a estrear na próxima semana, promete uma expansão ainda maior desse universo (com orçamento compatível, o que também é ótimo), o que é vital para sustentação de uma série por longos períodos, e “Stranger Things” já parece ter alcançado um bom patamar, mesmo precisando dar um passo além nessa próxima temporada.

“Stranger Things” – 1ª temporada: 8,0

“Stranger Things” – 2ª temporada: 7,0