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6.5Nota da Hybrido
Votação do leitor 2 Votos
6.4

Disposta a repaginar sua franquia de filmes baseados em histórias em quadrinhos, a DC Entertainment tenta aproveitar uma extensão do filme que foi sucesso de público mas fracasso retumbante de crítica, “Esquadrão Suicida” (2016), focando na sua personagem mais carismatica, Arlequina (vivida por Margot Robbie), neste novo filme “Aves de Rapina”.

O envolvimento da atriz é nítido enquanto produtora e na escolha da premissa dessa nova abordagem e nas pessoas para conduzirem este projeto, em especial a diretora novata Cathy Yan e a roteirista Christina Hodson, já que se trata de um grupo de origem formado por personagens femininas.

A sinopse é um tanto simples: Arlequina, após romper seu relacionamento com o Coringa, acaba cruzando o caminho do poderoso Roman Sionis (Ewan McGregor), que acaba a colocando para resgatar um diamante roubado por uma menina chamada Cassandra (Ella Jay Basco), que também é perseguida por diversos outros mercenários e o que acaba aproximando Arlequina de seu jovem alvo.

Hodson aposta numa narrativa não-convencional e sarcástica para nos colocar a par daquele universo pelo viés de sua protagonista, porém a história se prevalece da montagem desordenada como o raciocínio de Arlequina para tornar essa premissa principal simples em algo divertido.

Já nos diálogos e nas cenas de ação, percebe-se um subtexto sutil de como se integrar questões feministas levantadas recentemente num filme de gênero tão referenciado no machismo como é o de ação, e consegue se comunicar sem o panfletarismo nos pequenos signos, como uma troca de elástico de cabelo em meio a uma cena de luta, ou não tendo praticamente nenhuma cena onde mulheres se confrontam fisicamente (a exceção é uma cena importante onde uma das coadjuvantes, uma policial, se percebe enquanto instrumento contra uma representação viva da emancipação feminina, que é a própria protagonista).

O elenco vai muito bem dentro de seus papéis pré-definidos, e as cenas de ação e perseguição são muito bem captadas pelo ótimo Matthew Libatique, que aproveita bem a convulsão de cores do figurino e da cenografia para explorar a bipolaridade do mundo que envolve Arlequina na história, e em conjunto com o todo faz o filme funcionar muito bem com simplicidade e apuro suficiente para ser uma boa diversão para o espectador fã do gênero de ação.