EduardoDrug Store Romeos é de Hampshire e, assim como outras bandas, teve sua origem ainda nos tempos de escola dos integrantes. Na faculdade, Jonny Gilbert e Charlie Henderson começaram uma banda e ainda precisavam de um baixista. Foi quando apareceu Sarah Downie para ocupar o baixo. Entretanto, com o passar dos ensaios, o próprio trio decidiu que Sarah era a integrante definitiva para assumir os vocais. Charlie assumiu o baixo e Jonny ficou por conta da bateria. Após participações em festivais de colégios, a banda partiu para o primeiro grande desafio, o lançamento do début ‘The World Within Our Bedrooms’.
Muito da sonoridade do Drug Store Romeos é feita com o auxílio de sintetizadores analógicos, guitarras e baixo (muito evidente, por sinal). O grupo também conta com um teclado Casio retrô que, segundo os integrantes, foi comprado por meio de uma oferta no eBay. Claro que não faltam as similaridades/influências: há muito de Stereolab em faixas como “Walking Talking Marathon” e “What’s On Your Mind”, a fusão entre New Order e Still Corners chega à mente ao ouvir “Frame Of Reference” e até “Vibrate”, que surge bem Rock, carrega uma linha de baixo que lembra bastante Pixies.
Dentro desse Dream-pop hipnótico com doses de eletrônica, o trio chega tanto com paisagens mais românticas/suaves (“Kites” e “Cycle Of Life”) ou então decide se embrenhar por batidas incisivas propiciando climas mais dançantes (“No Placing” e “Elevator”). O tom circense/vaudeville dá as caras em “Put Me On The Finish Line”.
O grupo inglês ousa ao criar um début com muitas faixas, entretanto, algumas canções acabam ficando repetitivas entre outras que brilham mais ou acabam sendo as mais preferidas do ouvinte. Mesmo assim, ‘The World Within Our Bedrooms’ tem seu trunfo e revela um grupo com boas ideias, importantes influências e com um disco acima da média, fato louvável nos dias atuais.