Hoje trago um disco nacional que exala poesia e ressalta a cultura brasileira. ‘Ambiguidades’ de Leandro Borges. Um álbum que elenca em suas composições o melhor do Samba, da Bossa Nova e da MPB. Eu diria até que possui umas raízes pregadas ali no Jazz, seja pelos arranjos e pianos muito bem trabalhado.
Ouvindo o disco, fiquei pensando na grandeza da imaginação artística de Leandro Borges, ela é bela e peculiar. Faz muito com pouco. Detalhes que tornam a audição de Ambiguidades em um prazer imediato. Um álbum contagiante, sereno, de canções simplistas e poéticas, que se tornam grandiosas. E deixa aquela enternecedora elegia a paixões, amores, saudades e reverencia poetas e o Rio de janeiro. Em alguns momentos exprime aquela saudade de coisas que não podemos fazer por hora.
O disco ainda faz uma bela de uma homenagem aos grandes nomes da música brasileira como: Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Cartola, Noel Rosa, Chico Buarque, entre outros. São nomes de forte influência para Leandro, algo que fica nítido na faixa “O Poeta”, onde ele enaltece os grandes pais fundadores da nossa música brasileira. O eu lírico ganha voz expressiva na faixa “Dilapidando a Vida” canção que eu gostei muito. O instrumental é sensacional e a letra fala de arrependimentos e da perda de um grande amor.
Destaque também para os teclados de Jones Martins. Em “Sofismas” canção que encerra o disco, fala sobre uma mulher que cansou de ilusões e de falsas juras de amor e decide seguir em frente com sua vida. Outra faixa maravilhosa com ótimos arranjos.
‘Ambiguidades’ é um disco feito com paixão e com amor, aquele fervor que vem da alma. Um disco bonito, sincero de inúmeros sentimentos. Em tempos tão difíceis é preciso exaltar quem tanto caminha ao lado da arte e a defende com tanta paixão. O álbum está disponível nas plataformas de Streaming. Vale muito apenas apreciar isso aqui.