Cadu Moura“O Último Amor de Casanova” é o novo filme do cineasta francês Benoit Jacquot, o mesmo de “Adeus, Minha Rainha”, e nos traz mais uma releitura envolvendo o clássico personagem conquistador Casanova.
Aqui Casanova (Vincent Lindon) chega à Londres devido a um exílio forçado, e ao conhecer melhor sua nova cidade, acaba encontrando por diversas vezes a jovem Marianne de Charpillon (Stacy Martin), que atiça a curiosidade do veterano galanteador com seu jogo de sedução e recusas, sob diversos pretextos.
Benoit Jacquot constrói sua estrutura narrativa baseado em memórias de seu protagonista, estabelecendo pelo roteiro um jogo de gato e rato que se inverte a cada investida ou de Casanova ou de Charpillon, usando muito bem os enquadramentos para este fim.
Vincent Lindon e Stacy Martin conseguem boas interpretações nas cenas em que dialogam e interagem, trazendo interesse para a evolução da história, mas que esbarra no ritmo estabelecido pela montagem, tornando a experiência um tanto monótona.
“O Último Amor de Casanova” por fim acaba sendo mais um filme de época envolvendo sedução e truques, mas que não consegue empolgar para além dos flertes inseridos nos bons diálogos do filme por falta de subtextos tão interessantes quanto a relação do protagonista com seu alvo de conquista, mesmo tendo personagens curiosos.