Baseado numa história real retratada num documentário de 2012 e num curta-metragem dirigido também por Guy Nattiv em 2018, “Skin” nos conta a história de Byron Widner (Jamie Bell), um jovem criado por um casal líder de uma seita formada por supremacistas brancos, skinheads e neonazistas e que em certo ponto, ao se apaixonar por Julie (Danielle Macdonald), decide deixar a vida de preconceito e violência com a ajuda de Julie e um ativista negro.
A história, contada em um flashback cortado entre fases de uma cirurgia realizada pelo protagonista para retirar suas tatuagens, parte de um mote ousado e bastante sensível na sociedade atualmente, sem se prender a estereótipos na composição de seus personagens, o que em certo ponto ainda é algo novo no cinema norte-americano.
Porém, a narrativa ao abraçar tantas causas acaba se perdendo na sua linha central e principalmente nos seus personagens, que mesmo dotados de tantos conflitos interessantes a serem superados soam superficiais nos momentos chaves dentro da história contada, explorando muito pouco por exemplo a vida do protagonista após a ruptura com suas raízes de violência e preconceito.
Com isso, mesmo com boas atuações de Jamie Bell como o protagonista, e principalmente Bill Camp (Fred) e Vera Farmiga (Shareen) como o casal que cria Byron e lidera a seita, o filme deixa a desejar dentro de sua inusitada e arriscada proposta, que se não derrapa em caminhos complicados, também fica amedrontado com a profundidade que sua premissa poderia alcançar.