(SEM SPOILERS)
O grande desfecho do universo cinemático da Marvel (o famoso MCU) enfim chega em seu 22° filme, que une todos os heróis em busca da redenção perante ao desfecho do filme “Vingadores: Guerra Infinita” (2018), num enorme desafio de unir todas as pontas para um desfecho condizente com o peso dos filmes da Marvel no cinema mundial.
Enquanto o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) enfrenta o ocaso numa nave à deriva no meio do espaço, o Capitão América (Chris Evans) e os demais Vingadores remanescentes buscam saídas para o desastre causado por Thanos (Josh Brolin), o titã louco e algoz de metade dos heróis no filme anterior via manopla com as seis Jóias do Infinito.
Num roteiro muito bem estruturado se encararmos o desafio de lidar com tantos personagens diferentes num mesmo filme, os Irmãos Russo se apoiaram numa divisão de atos bem evidente na narrativa, centralizando o protagonismo do filme nos dois heróis separados desde “Capitão América: Guerra Civil” (2016), que são Homem de Ferro e o Capitão América, que durante todo o desenrolar do MCU sempre foram representantes da oposição do herói individualista (Homem de Ferro) contra o herói que enxerga o todo (Capitão América).
Felizmente, existe um subtexto forte de mensagens positivas dentro dessa fábula de heróis, e derrapa mas não cai no melodrama barato nos momentos mais sentimentais durante o filme. O vilão Thanos possui menos espaço aqui por não ser mais o protagonista da história como no filme anterior, mas mantém muita presença de tela devido ao carisma de seu intérprete, Josh Brolin, mesmo sob pesados e impecáveis efeitos especiais.
As cenas de batalha campal ou individual entregam o que os fãs esperam, e a fotografia e trilha sonora mantém o bom padrão dos filmes anteriores, sendo um filme pipoca bom, que entrega uma boa história com início, meio e fim independente de sua posição dentro do MCU.