Lançamento recente nos cinemas brasileiros, “Vox Lux – O Preço da Fama” nos conta a história de Celeste (Raffey Cassidy), uma jovem sobrevivente de um ataque na sua escola que é alçada ao status de celebridade quando sua música em homenagem às vítimas viraliza, e anos depois, já na sua fase adulta (Natalie Portman), convive com as consequências de suas opções do passado na vida e carreira, e um incidente violento referenciado em sua carreira traz tudo à tona no dia do show em sua cidade natal.
O jovem Brady Corbet, em seu segundo filme (o anterior, “A Infância de Um Líder”) nos traz um filme com narrativa dividida em duas antologias bem definidas, onde cada fase de sua protagonista é bem descrita e delineada nas suas nuances, e tem a ligação da violência com questões referenciais do ídolo em nossa sociedade como arco principal, representado na protagonista, uma personagem curiosamente chamada Celeste.
A primeira parte acompanhamos de perto a meteórica ascensão de Celeste associada com detalhes de bastidores e uma bem detalhada construção dos laços que constroem a figura pública, e a finalização desta parte é demarcada pela ruptura desses laços (curiosamente associada ao ataque às torres gêmeas do 11 de setembro). Já a segunda parte é toda focada na consequência desse incidente para a vida de todos os envolvidos, em especial a protagonista, perdida em sua luxúria, devaneios e rancores em meio à correria de um dia de show.
Apesar de ser um pouco inferior à primeira, o talento de Portman segura as pontas soltas e concentra toda a energia em sua performance estranhamente ignorada pela Academia nas premiações deste ano, assim como o filme e outras interpretações, como de Cassidy e de Stacey Martin como Eleanor, a irmã da protagonista e elemento-chave das curvas dramáticas do filme, onde a trilha sonora e a fotografia também merecem destaque.
Onde ver: Cinemas – https://www.ingresso.com/rio-de-janeiro/home/