O Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema já é um dos Festivais mais tradicionais e consagrados do circuito cinematográfico nacional, sempre com uma curadoria recheada de pérolas do cinema.

Esse ano não será diferente e o Festival volta com tudo para sua 33ª. edição, com uma programação de filmes de mais de 10 países. Serão 6 longas metragens inéditos e 14 curtas metragens que serão exibidos de forma totalmente gratuita, em Fortaleza.

Aproveitamos para indicar alguns destaques da programação, então pega o caderninho e vem:

Dos longas metragens,  “A mulher selvagem”, filme cubano dirigido por Alan González, que abre o festival depois de sua passagem pelo Festival de Toronto é um dos filmes mais esperados. Já do Brasil, a atenção se volta para  “Sou amor”, dirigido pelos cineastas mineiros André Amparo e Cris Azzi, que traz a história de Robson, que após sofrer violência doméstica, vai com seu irmão menos morar com a avó, na capital de Minas Gerais. O  filme é bem esperado pela crítica e fala da (re)descoberta de si pós trauma.

O Festival ainda conta muitos filmes premiados como  “Agora a luz cai vertical”,primeiro longa-metragem de Efthymia Zymvragaki, concorre na mostra depois de passar por nove festivais internacionais; “Alemanha”, coprodução Argentina-Espanha dirigida por María Zanetti, e o premiado “O castigo”, produção chilena de Matías Bize, que retrata a busca desesperada de Ana e Mateo por seu filho, que se perdeu em uma floresta (o filme foi premiado no Festival de Málaga)

Um dos grandes destaques da programação é a Mostra competitiva brasileira de Curta-metragem – com destaque para filmes dirigidos por mulheres, como: “Aquela mulher”, das diretoras Marina Erlanger e Cristina Lago,  “As miçangas”, curta do Distrito Federal, dirigido por Rafaela Camelo e Rafael Lavor, “Cabana”, dirigido por Adriana de Faria. “Lapso”, de Caroline Cavalcanti conta a história de Bel e Juliano, adolescentes da periferia de Belo Horizonte que se conhecem enquanto cumprem medidas socioeducativas após praticarem atos de vandalismo. “A bata de milho”, de Eduardo Liron e Renata Mattar, se passa no sertão da Bahia e esteve no 18º Mostra de Cinema de Ouro Preto.

 

Merece destaque mais que especial o premiado “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”, vencedor dos prêmios de Menção Honrosa no 5º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte e Prêmio 10+ Favorito do Público no 34º Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum e participou de 14 festivais nacionais e internacionais, dirigido por Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami. Produzido em Roraima com uma equipe formada por indígenas Yanomami.

Quanto às homenagens,  Ailton Graça, Bete Jaguaribe, George Moura, Josafá Duarte e Verônica Guedes são as cinco personalidades que serão homenageadas com o Troféu Eusélio Oliveira no 33º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que acontecerá de 25 de novembro a 1º de dezembro em Fortaleza. O ator Ailton Graça que, apesar de possuir uma extensa carreira no cinema, televisão e teatro, recebe sua primeira e merecidíssima homenagem, após estrear nos cinemas com seu primeiro protagonista no longa “Mussum, o filmis”. Bete Jaguaribe é a outra homenageada no Festival e é diretora de Formação e Criação do Instituto Dragão do Mar (IDM) e da Escola Porto Iracema das Artes. Coordena o Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Fortaleza (Unifor), onde também é professora, nas áreas de história e estética do cinema.  O roteirista pernambucana George Moura, autor de obras como “Onde Está Meu Coração”, “Amores Roubados”, “O Rebu”, “Cidade dos Homens”, “Onde Nascem Os Fortes” e “Guerreiros do Sol”, e dos roteiros dos filmes “Moro no Brasil”, de Mika Kaurismaki, “Linha de Passe”, de Walter Salles, “O Nome da Morte”, de Henrique Goldman, “Redemoinho”, de José Luiz Villamarim, “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, “Getúlio” e “As Polacas”, de João Jardim, entre outros.  Josafá Duarte  que é um cineasta popular autodidata com uma extensa produção audiovisual. Seus filmes já foram exibidos na Alemanha, em Portugal e no Uruguai. Em 2017 sua cidade foi reconhecida pelo Governo do Estado do Ceará como a capital cearense do cinema popular. “A história de um galo assado” (2006), “Por debaixo dos panos 1 e 2” (2010 e 2011), “A espiã que amava Forquilha” (2011), “A História de um calça curta aperreado” (2011), “Forquilha sob ameaça química” (2012), “A sogra e o lobisomem” (2013), “Os escudeiros contra a garrafa pet” (2013), “O homem que queria enganar a morte” (2014), “Cadê meus zócolos” (2015) – curta premiado no V Festival de Jericoacoara na categoria de melhor filme eleito pelo júri popular -, “Santeiro Luminoso contra o Santo do Pau Oco” (2015), “Os Malas e os Trouxas” (2016), “Escapei fedendo” (2017), “A volante do soldado 33” (2018), “Até o padre correu” (2019) e “Revolução eleitoral” (2019) – premiado no Festival de Meruoca nas categorias de melhor roteiro e melhor direção são algumas de suas obras. A cineasta Verônica Guedes, que é também jornalista, produtora e diretora executiva do For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, consultora de comunicação e cultura, diretora executiva do Festival Samburá de Cinema e Cultura do Mar e da Mostra No Balanço do Coco. Foi membro suplente do Conselho Municipal de Promoção dos Direitos LGBT de Fortaleza (CMPDLGBT) entre 2018 e 2019, através do Centro Popular de Cultura e Ecocidadania (CENAPOP) recebe também sua homenagem por sua atuação militante da cultura e do audiovisual com forte engajamento nas lutas de resistência, construindo e articulando a partir dessas categorias ações educativas em direitos humanos, de defesa dos direitos das populações LGBTQIAPN+ e mulheres.

O Festival acontece de 25/11 a 02/12 e a programação completa será anunciada logo mais e você pode acompanhar pelo site: www.cineceara.com e pelo instagram @cineceara

 

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