Chegamos aos 7 discos de julho. Lembrando que a ordem é definida pelos álbuns que mais ouvi e tive intimidade no mês. Confira os 7 discos que eu compraria se entrasse em uma loja de discos!
TORRES – THIRSTIER
⭐️⭐️⭐️⭐️/2
Se a faixa de abertura “Are You Sleepwalking” não te convencer a ouvir o disco inteiro, talvez seja melhor pular para outro. Eu estou louco com este disco desde a produção (pela primeira vez de Torres) até as melodias fortes que casam bem com a sujeira da guitarra e das linhas de baixo. “Thistier” é o terceiro disco da americana e com pouco mais de 30 minutos parece mostrar a que veio. Rápido, rasteiro e fatal. No meio da barulheira, a faixa 5 “Big Leap” traz a calmaria necessária e bela. Aumenta o som !
YOLA – Stand For Myself
⭐️⭐️⭐️⭐️/2
Sucessor do ótimo “Walk Through Fire”, o novo trabalho da cantora segue em alto nível. O encontro do soul com o country é uma especialidade da britânica. Com uma voz potente, sua alma parece brilhar sempre que começa a cantar. “Stand For Myself” é poderoso e forte, recheado de singles e que mais uma vez deixa a artista “brincar” com suas habilidades. O disco ainda traz uma sensação de que as músicas rapidamente se tornam íntimas, como se já tivéssemos ouvido antes. Seja dançando em “Dancing Away in Tears”, ou no melhor do country pop “Be My Friend”, aproveite esse disco. Joia rara!
LUMP – ANIMAL
⭐️⭐️⭐️⭐️
Este é o segundo disco do projeto de Laura Marling com Mike Lindsay. E mais uma vez traz uma pegada eletrônica misturando diversos estilos. Para quem está acostumado com o intimismo que Marling maravilhosamente deixa nos seus discos, pode estranhar um pouco os efeitos robóticos na voz que por vezes aparecem nas músicas, mas a cantora brilha. “Animal” tem mais potencial que o primeiro disco do projeto. A faixa 5 “Climb Every Wall” foi a que me pegou mais rápido. Aumenta o som!
BLEACHERS -Take the Sadness Out of Saturday Nigh
⭐️⭐️⭐️⭐️
Terceiro disco do conhecido produtor Jack Antonoff, pseudônimo Bleachers, parece meio confuso na primeira audição. Por mais que obviamente seja grandioso como tudo em que Jack bota as mãos, o disco parecia se perder no meio do caminho. Depois de mais algumas tentativas, finalmente fui fisgado. Claro que ser fã de Springsteen ajudou bastante, o primeiro single “Chinatown” teve participação do “Boss” e estourou rapidamente. Engraçado é que a faixa seguinte “How Dare You Want More” poderia muito bem ter sido feita com a “E Street Band”. O disco ainda teve participação, mesmo que tímida, de Lana Del Rey em “Secret Life”. No final das contas, “Take the Sadness Out of Saturday Night” é um álbum completo, tem suas escorregadas, mas vale e muito a pena comprar o disco. Aumenta o som!
Bobby Gillespie, Jehnny Beth – UTOPIAN ASHES
⭐️⭐️⭐️⭐️
Uma das coisas mais legais de se gostar de discos é de vez em quando dar de cara com alguma coisa que provavelmente não ouviria, resolver dar uma chance e sair feliz. “Utopian Ashes” foi um desses casos. O trabalho é um encontro de Bobby Gillespie (Primal Scream) com a cantora francesa Jehnny Beth (Savages). Aqui, as duas vozes encaixaram perfeitamente. O álbum, por mais simples que pareça, é repleto de ótimos momentos. Dramático, sofrido e belo são os melhores adjetivos para esse disco. Aumenta o som!
BILLIE EILISH – HAPPIER THAN EVER
⭐️⭐️⭐️⭐️
O desafio do segundo disco parece ter sido superado pela cantora, que agora com 19 anos, é de fato um dos maiores fenômenos da música mundial. Eu certamente não sou o público alvo de Eilish, mas não tive o menor problema em gostar de “Happier Than Ever”. O disco, embora já um pouco diferente do anterior, consegue fazer jus à fama da artista. Billie Eilish consegue percorrer por vários estilos sem perder sua personalidade. “My Future” é por enquanto minha faixa preferida. Aumenta o som!
The Wallflowers – Exit Wounds
⭐⭐⭐⭐
Depois de quase uma década a banda está de volta com seu sétimo disco. Produzido por Butch Walker , a quem eu sou completo devoto, “Exit Wounds” traz ótimos momentos da melhor época do Wallflowers e está longe de ser um caça níquel. Inclusive o timing do lançamento foi ótimo já que o estilo anda muito bem. Jakob Dylan caprichou nas baladas e melodias. Vale destacar a presença da cantora e compositora Shelby Lynne que deixou o disco ainda mais bonito, as duas vozes combinaram muito bem. O single “Roots And Wings” já tinha mostrado que a banda voltaria em grande forma. Vale destacar “Darlin” Hold On”, linda balada e a ótima “Move The River”que destoa um pouco do resto do álbum e mostra a famosa versatilidade de Dylan. O resultado é que “Exit Wounds” consegue agradar do início ao fim e mostra uma banda ainda muito afiada. Que não demore para lançar um novo. Aumenta o som!
DISCOS QUE PODERIAM TER ENTRADO:
Durand Jones & the Indications – Private Space
David Crosby – For Free
Anika – Change
MELHORES MÚSICAS
How Dare You Want More- Bleachers
Be My Friend – Yola
Big Leap – Torres