Nota da Hybrido
7.5Pontuação geral
Votação do leitor 5 Votos
6.5

Steven Soderbergh atualmente passa por uma fase de incessante busca por inovação estética e de linguagem cinematográfica em seus últimos, que sempre pecam por algum detalhe essencial que faz a obra em si perder volume e intensidade na narrativa que pretende nos apresentar.

Aqui neste novo filme “High Flying Bird” (ainda sem título em português), uma produção original da Netflix, ele evolui bastante com relação aos seus filmes anteriores, e nos entrega um ótimo desenho de bastidores da NBA enquanto negócio, conduzido pelo protagonista Ray (André Holland), um agente de atletas que precisa se reinventar em meio a crise provocado por um locaute entre a liga e os atletas.

Em meio a esse cenário, vemos Ray lidar com seu cliente, o novato e impulsivo Rick (Melvin Gregg), com sua ambiciosa assistente (Zazie Beetz), com seu alienado chefe (Zachary Quinto), com a associação de atletas, com o dono do time de seu cliente (Kyle MacLachlan), e também com seus próprios problemas internos, vinculados ao seu passado pessoal e profissional.

O elenco atua de forma exemplar, com todos aproveitando cada linha do bom roteiro de Tarell Alvin McCraney (vencedor do Oscar por “Moonlight”), que nos coloca nesse mundo particular com equilíbrio, sem apelar a tecnicismos ou didatismos. Soderbergh trabalha bem a câmera nos tensos mise en scenes, e entrega um filme bem simples e correto em sua proposta, sem exageros estéticos.