Hillary Swank é uma grande atriz, com dois Oscars de melhor atriz na prateleira (um por “Meninos Não Choram” e outro por “Menina de Ouro”), mas andava meio sumida dos bons filmes que entraram em cartaz nos últimos anos no cinema.
Aqui neste filme, Swank faz Bridget, uma mulher entediada com seu casamento que precisa voltar à sua cidade natal ao ser convocada por seu irmão Nicky (Michael Shannon) para ajudar ele e seu pai (Robert Forster) a procurar sua mãe (Blythe Danner), que tem Alzheimer e fugiu de casa em meio a uma noite nevosa. Levando sua filha adolescente (Taissa Farmiga) a tiracolo, precisa lidar com os problemas familiares do presente, tentando resgatar a união do passado.
Chomko cria em seu filme um núcleo familiar intenso, com bons atores sendo exigidos parcialmente por seus personagens, não tão profundos como a atmosfera exigia, mas entregando bons momentos, em especial a adorável Blythe Danner, que traz a questão do Mal de Alzheimer com muita emoção e dignidade, ancorada principalmente por Swank e Shannon, que mostram uma química razoável em tela como irmãos.
Como ponto fraco temos a insistência do roteiro em caminhar para a excessiva tentativa de convencimento do patriarca, feito pelos irmãos, para internarem a mãe antes que seja tarde, ou na estereotipada personificação da adolescente interpretada por Farmiga, que não consegue nos trazer para seus dramas. Um drama familiar para quem curte o gênero sem muitas exigências, além da oportunidade de ver bons atores em cena, mesmo que esporadicamente.