O ator Paul Dano estréia na direção no intenso drama “Vida Selvagem”, filme que merecia mais carinho da temporada de premiações norte-americana, principalmente pelas atuações e pelo roteiro escrito por Dano e sua companheira e também atriz Zoé Kazan (de “Ruby Sparks” e “Doentes de Amor”).
O filme conta a história de Joe (Ed Oxenbould), um jovem de 14 anos e filho de Jeanette (carey Mulligan) e Jerry (Jake Gyllenhaal), que acaba de se mudar com a família para a cidade de Montana nos EUA dos anos 60.
Porém, após ser demitido de seu emprego, Jerry entra em crise e decide se voluntariar numa equipe anti-incêndio nas montanhas, deixando ele e sua mãe. Com isso, Joe se vê precocemente no papel de homem da casa, tendo que lidar com as questões de Jeanette com seu papel social enquanto esposa e mãe tentando resgatar sua individualidade.
Dano em seu filme de estréia demonstra total domínio com as situações dramáticas, e conduz bem o grande elenco em mãos, em especial a atriz Carey Mulligan em grande interpretação com a intensa e sofrida Jeanette, e o jovem Ed Oxenbould que consegue ser bastante convincente ao lidar com os dramas vividos por seu jovem protagonista.
A fotografia do filme feita por Diego Garcia realça bem os tons pastéis conservadores, e se utiliza bem do contraste de cores quentes em momentos pontuais em marcantes da história, e o roteiro de Dano e Kazan, adaptado da obra de Richard Ford, sabe trabalhar muito bem os conflitos sob a linha de tempo narrativa do jovem protagonista, realizando um filme bem decente naquilo que se própõe enquanto drama.