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A política internacional está em intensa mudança pelo globo, entre eleição de forças de ultradireita ou estabelecimento de políticas protecionistas em meio à crise econômica mundial, e entre essas políticas de protecionismo econômico, entre elas o Brexit.

A aprovação do Brexit no Reino Unido, que significa a retirada do país do bloco da União Européia (UE), via referendo popular puxado pelo Primeiro Ministro inglês na época, foi um dos estandartes de nova forma de fazer campanha política. E o filme “Brexit”, lançado este ano pela HBO, nos traz detalhes da campanha vencedora nesse pleito.

O filme se passa em 2016, retratando a campanha liderada por Dominic Cummings pela saída do Reino Unido da UE, com total liberdade para usar novas táticas envolvendo algoritmos da nova era da informação, que inspiraria outras campanhas de direita pelo mundo.

Toby Haynes, diretor mais conhecido pela sua atuação na TV inglesa em episódios de séries como “Sherlock”, “Black Mirror” e “Doctor Who”, aqui consegue retratar o impacto que a estratégia adotada por Cummings traria com seu enfoque, principalmente nas cenas envolvendo o grupo de discussão organizado pela campanha adversária a de Cummings, pela permanência do Reino Unido na UE.

Baseado em roteiro escrito pela campanha da permanência do Reino Unido na UE, David Graham (interpretado no filme por Rory Kinnear, conhecido como o político humilhado no piloto de “Black Mirror”).

O texto é adaptado em forma de denúncia por dentro da campanha adversária, e o teor de crítica é claro do início ao fim da história, e curioso em mostrar a origem da popularidade do atual primeiro-ministro, o excêntrico Boris Johnson.

Benedict Cumberbatch atua bem no papel do protagonista, como de hábito sabendo bem demonstrar empáfia intelectual nas cenas envolvendo políticos do seu bloco tentando intervir na campanha com “velhas” táticas, que se mostram ultrapassadas e arcaicas com o resultado do trabalho de Cummings.

Um filme bem interessante para os tempos atuais, onde diversos países sofrem com a mesma transição dessa forma de atuação em regimes democráticos, além dos impactos estarem atingindo as próprias democracias, pelas novas estratégias estarem envolvendo velhas práticas de disseminação de informação viciada.