Imagine se fosse possível trazermos de volta à vida grandes figuras da nossa história. Assistirmos ao vivo Vivaldi, performando suas Quatro Estações ou acompanhar os afrescos de Michelangelo.

É dessa premissa que parte “A Profecia do Mal”. Uma empresa de biotecnologia faz uma descoberta que permite a realização de clonagem a partir de fragmentos de DNA. Como parte do experimento, grandes figuras históricas são clonadas e os clones, vendidos para famílias ricas em busca da perfeição e genialidade. Por trás dessa prática subversiva, está uma empresa satanista que rouba o Santo Sudário, com a intenção de obter o DNA de Jesus Cristo para produção de um clone, que servirá como oferenda a Satanás, fazendo com que os portões do inferno sejam liberados à terra.

Para impedir que a ascensão do mal ocorra, Arcanjo Miguel (Peter Mensah), protetor do céu, vem à terra. Para tanto, ele se utiliza do corpo do Padre Marconi (Joe Doyle), que o evoca.

A dualidade entre o bem e o mal ganha temperos de ficção científica e é justamente este quesito que faz com que a história se torne irregular, oscilando de forma desmedida entre justificativas científicas – hipoteticamente plausíveis – e o inexplicável religioso.

Partindo de uma provocação ateísta, o filme se desmembra entre a responsabilização do ser humano acerca de suas próprias atitudes e a reverberação das mesmas no universo divino.

A premissa até soa interessante, mas fica pequena diante da pompa da fotografia assinada por Milan Chadima (O Albergue), que contrasta tons escuros – destinados ao mal e claros e pulsantes – ao bem.

O filme compensa ainda por algumas cenas de ação e conta com nomes de destaque como James Faulkner (Downtown Abbey), Peter Mensah (Avatar) e com Nathan Frankowski (Para escrever o amor em seus braços), que assina a direção.

*O Filme estreia dia 26 de janeiro de 2023 nos cinemas.

A Profecia do Mal | Trailer Oficial | 26 de Janeiro nos Cinemas

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