Olá, amigos da Hybrido, agora todo mês vou deixar uma lista dos discos que levaria pra casa, se por acaso, encontrasse-os em alguma loja. Demorei um pouco a escrever os de agosto porque tive a ideia só no mês de setembro. A ordem pouco importa e os álbuns foram os que mais escutei em agosto. Logo, se algum(s) ficou de fora, não foi por mal.

Sintam-se à vontade pra mandar sua lista nos comentários ou sugerir um post para o site. A porta está sempre aberta.

Disco do mês – Biffy Clyro – “A Celebration Of Endings”

O lançamento estava previsto para março, mas acabou sendo lançado somente no mês de agosto por causa da COVID. E, no caso da banda escocesa, isso acabou fazendo muito sentido, já que as músicas ganham muito mais força ao vivo. Não à toa fizeram um show online assim que o disco saiu. O primeiro single “Instant History” parecia indicar que a direção seria bem diferente do que a de costume. Impressão que sumiu já em “End Of.”, segundo single, que junto com a última faixa “Cop Syrup”consegue pegar os fãs mais antigos da banda. Para quem curte as mais calmas “Space” é uma ótima pedida. Mais uma vez as músicas estão ali, algumas melhorando com o tempo outras que já pegam de cara e, o mais importante de tudo, a essência do trio segue intacta. Aumenta o som!!!

 

Yas Speransa – “Apesar do Caos de Mim”

Lançado pelo ótimo selo “Loop Discos”, o álbum conta com 8 músicas. Existem artistas que têm o poder de transformar o simples em algo grandioso, de pegar aquilo que parece ser fácil e transformar em algo único. Se no primeiro contato no single “Morena, Eu Quase”, não precisei de mais de 10 segundos para gostar, no disco completo também não me esforcei. A combinação das melodias com os ótimos arranjos foram muito bem executados. Destaque também para a faixa de abertura “Post-its Amarelos”, que já me tirou um sorrisão do rosto e a música 7 “A Gente Resolve Depois”, que mostra a versatilidade da cantora em suas composições. Não vejo a hora de ver ao vivo e comprar este disco.

 

 

Kelly Lee Owens – “Inner Song”
Este é o segundo álbum da DJ, produtora e cantora galesa e tem a participação especial de Jonh Cale (Velvet Underground). Por ser um velho chato, a música eletrônica nunca entrou muito fácil na minha vida e isso prova o quanto a Owens é boa em furar bolhas (hehehe). Embora eu prefira as horas em que Kelly apareça também com sua voz, o bate-estaca (expressão que eu posso usar já que tenho alma de velho e chato) é muito bem feito e produzido. Nada melhor que ouvir e gostar do que geralmente não consome.

The Killers – “Imploding The Mirage”
Depois do estrondoso sucesso no começo dos anos 2000, a banda parecia mais uma fadada a fazer cover de si mesma. Não curti muito os útlimos dois discos “Battle Born” (2012) e “Wonderful
Wonderful” (2017), porém os americanos sabem fazer um show como poucos.
Basta ver no youtube a banda sendo headline nos festivais.
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Falando de “Imploding The Mirage”, o primeiro single “Caution”, lançado no início deste ano, já mostrava indícios de que esse poderia ser um belo disco.
“My Own Soul’s Warning”, faixa de abertura, já mostra a direção bem anos 80 que o álbum iria tomar. Hit é o que não falta. Vale destacar a participação de Weyes Blood, uma das artistas que mais curto, na música “My God” e também a derradeira “Imploding The Mirage”, que lembra os melhores momentos do The Killers. Espero e muito ver ao vivo esse disco.

The Magic Gang – “Death of The Party”
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Segundo disco da banda de Bighton poderia muito bem ter sido lançado no começo dos anos 2000, que ninguém iria achar estranho. Lembra aquele momento em que o Indie encontra o mainstream? Pois em “Death of The Party”, tem tudo isso, um álbum fácil de se gostar. Logo depois da rápida “Intro”, entra a música “Think”, que nos dá a sensação de já termos ouvido isso antes. Com boas referências, os ingleses entregam um disco bem legal sem deixar a peteca cair. Por mais simples que pareça ser, é cada vez mais raro ver uma banda nova acertar em um trabalho desse.

The Avett Brothers – ” The Gleam III”
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O décimo disco dos talentosos irmãos Scott e Seth traz a banda de volta ao começo. Se ano passado tentaram sair um pouco do “normal” em um disco mais político com o famoso produtor Rick Rubin, desta vez a banda soa mais natural possível. Um compilado de baladas que parecem ficar ali no meio do “Country” bem clássico e do “Folk” de hoje. Abrindo com a bonita balada “Victory”, a banda se perde um pouco no caminho, mas consegue agradar pelo seu talento natural de sempre. Como o nome diz ”  Gleam III” é o terceiro de uma série que começou em 2006. Um disco sem riscos, que não mancha a discografia do “The Avett Brothers”.

Bright eyes – Down in The Weeds, Where the World Once Was
A banda não lançava nada desde 2011 e voltou em alto nível. Uma banda sumir por todo esse tempo pode ser fatal nos dias de hoje com tantas mudanças na forma  de escutar música. O vocalista Conor Oberst teve diversos projetos nesse período e também anos conturbados em sua vida. Mais uma banda que caminha por vários lugares e consegue agradar até os mais chatos. O single “Maria Trench” é aquela pra ficar no repeat e depois vale dar uma viajada no disco que tem uma produção sensacional.

Algel Olsen – “Whole New Mess”
Este conta com novas versões do “All Mirrors” lançado no ano passado e duas inéditas. A voz de Olsen é agora praticamente a única coisa protagonista, é como se ela estivesse tocando em um pequeno pub. Aqui, as músicas estão em sua forma mais simples e a intimidade que a cantora traz é de tocar a alma. Eu compraria os dois discos, que mesmo com tanto em comum, apresentam resultados diferentes e satisfatórios. Escute feliz e viaje!!!

Waterboys – Good Luck, Seeker

Gravado na Irlanda durante a pandemia, no studio do líder da banda Mike Scott, o 14º álbum do “The Waterboys” é uma mistura de ritmos e estilos e parece um trabalho livre procurando por várias direções. Do rock inglês, passando pelo Soul, e chegando ao rap, dá pra achar de tudo um pouco. O grupo já tem uma carreira bem longa e manter a forma depois de tanto tempo pode ser o ponto mais alto deste disco. Para se ter uma ideia, o single mais famoso “The Whole Of The Moon”, que apareceu como abertura  na turnê comemorativa do “Joshua Three”, do U2, e volta e meia é interpretada ao vivo pelo The Killers, foi lançada em 1985 no maravilhoso “This is The Sea”. Motivos não faltam para aumentar o som!