DJANGO DJANGO – GLOWING IN THE DARK (2021)
8Pontuação geral
Votação do leitor 0 Votos
0.0

Em seu terceiro trabalho, ‘Marble Skies’ (2018), o quarteto inglês Django Django continuou com sua fórmula baseada na Indie Electronic e mais uma vez criou um trabalho que, mesmo longe da originalidade, foi um dos mais interessantes daquele ano. 

Três anos depois chega o quarto trabalho provando que a banda não precisa mudar. O Django Django possui trunfos gloriosos e artifícios estratégicos que garantem mais um disco de faixas memoráveis baseado em grandes pioneiros da música eletrônica e também busca reunir vários movimentos musicais, seja a New Wave 80’s, seja a Indie Dance moderna feita por grupos como Hot Chip. 

As faixas carregam nos refrões contagiosos para se cantar junto, no instrumental pulsante e nas melodias que grudam na mente. É o caso de “Spirals” (certamente uma das melhores aberturas de 2021) e “Right The Wrongs”. A atmosfera dançante que também não se esquece das raízes do Pop-Rock se fundem de forma inteligente e surgem em “Glowing In The Dark” e “Asking For More”.

“Headrush” tem uma pegada que lembra Devo reunindo bem o Punk enérgico com a Eletrônica. A falta de vocais não tira o brilho de momentos como “The Ark” que sugere cruzar a sonoridade do Art Of Noise com Kraftwerk. “Got Me Worried” traz como referência a latinidade inclusive trazendo trecho da letra cantado em português.

A banda, que costuma ter preciosas colaborações femininas, aqui não age diferente. “Waking Up” é um dos destaques do álbum com a ótima participação de Charlotte Gainsbourg. A faixa brilha trazendo um clima sonoro que fica entre o retrô e o moderno, com oportuna alternância de vocais femininos e masculinos.

‘Glowing In The Dark’ também ganhou uma edição Deluxe que vem com mais 5 faixas, numa espécie de CD bônus: “Shutters”, “Everything Flows”, “Days Are Numbered”, “Show Me The Way” e “Under Fire”.