Juliana HenriquesDia 15 foi inaugurada a exposição “Equilíbrio Instável”, do artista suíço Paul Klee, no CCBB Rio. Klee é um dos nomes mais importantes da modernidade clássica e a mostra traz muitas pinturas, desenhos, gravuras e fantoches – Sim! Lindos! Ele era apaixonado por teatro e fez alguns para seu filho. São 123 obras que chegam pela primeira vez na América Latina, numa mostra criada especialmente para o Brasil.
É possível ver exemplares de obras dos vários estilos pelos quais o artista passou, como Cubismo, Expressionismo, Construtivismo e o Surrealismo. Nos desenhos de infância, você acredita que qualquer um, se tivesse estudado talvez pudesse ter evoluído como ele (rsrs). O CCBB traz também seus estudos da natureza, retratos de família (antes de ter autonomia como artista ele cuidou da casa e ajudava sua esposa, Lily, na criação do filho, Felix), sua série de anjos e trabalhos tardios. Numa fase mais abstrata, um dos pontos altos da exposição são algumas pinturas em que se vê a influência que Kandinsky teve sobre ele. Vemos uma aproximação em alguns dos desenhos e das cores utilizadas. A mostra também fala um pouco sobre o período em que Paul Klee foi professor na Bauhaus, com séries geométricas interessantíssimas.
Klee tinha passaporte alemão devido à nacionalidade do pai e serviu o exército durante a Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, lecionou também na Alemanha, onde acompanhou de perto a ascensão nacional-socialista. Detestava Hitler e teve sua casa revistada. Nesta época, foi perseguido, atacado pelos meios de comunicação e boicotado. Voltou para Berna, na Suíça, onde se encontra o Zentrum Paul Klee, detentor das obras que vemos até dia 12 de agosto no CCBB.