Lilianna BernarttUma das mais tradicionais mostras de cinema – a Mostra de cinema de Ouro Preto encerrou sua 19ª edição esta segunda-feira, dia 24.
Se você não conseguiu acompanhar o evento e sempre pergunta como ter acesso aos filmes que circulam por festivais, eis a sua resposta.
A plataforma digital do Itaú Cultural, a IC Play disponibilizará em seu catálogo até o dia 07 de julho – totalmente gratuito – um recorte do que rolou no festival.
Este ano, o tema da mostra foi Preservação, História e educação, de forma que os filmes selecionados para exibição de forma gratuita seguem o desejo pela busca do passado, reimaginar e reinventar a memória de um país através de distintas experiências imagéticas, sonoras e visuais, sempre com um ponto em comum, que é o fato de estarem lidando com a idéia de território.
Piconzé é um filme que eleva o processo artesanal, ao trazer desenhos feitos à mão livre, por sete pessoas, quadro a quadro, pintados no negativo de 35mm.
Até que a Sbornia nos separe é baseado no espetáculo teatral gaúcho de enorme longevidade, Tangos e Tragédias, de Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, voltando ao momento anterior do encenado.
O Menino e o Mundo é a animação brasileira de maior circulação internacional e mais premiada,responsável por colocar o cineasta Alê Abreu, homenageado na CineOP, entre os principais diretores do país.
Veredas Tropicais revisita o curta Vereda Tropical (1977), que foi censurado, para análise justamente do processo constrangedor histórico da censura ao cinema brasileiro durante o período da ditadura militar.
O ficcional Habitar parte do cotidiano de um jovem em uma comunidade rural em Marília, interior de São Paulo, que descobre vestígios de um sítio arqueológico, vinculado à ancestralidade indígena da região.
Visões do Paraíso é um curta experimental que aborda a ocupação da Mata Atlântica e das montanhas da cidade do Rio de Janeiro, a fim de articular denúncias acerca da tomada da região na época da colonização.
Hélio Melo, de Leticia Rheingantza, fecha a seleção de curtas presentes no Itaú Cultural Play. O filme faz uma viagem pela Amazônia acreana, tratando sobretudo da luta dos seringueiros da região, a partir de textos originais compostos pelo artista Hélio Melo (1926-2001).
O acesso à programação é via o site www.itauculturalplay.com.br e dispositivos móveis Android e IOS.