Chegou a seu final a 75ª edição do Festival de Cinema mais charmoso do mundo. Numa premiação complicada, que contou com alguns empates, a desejada Palma de Ouro ficou com “Triangle of Sadness”, do diretor sueco já premiado Ruben Östlund. “Close”, do jovem cineasta Lukas Dhont, e “Stars at Noon”, da excelente Claire Denis, faturaram o Grande Prêmio do Júri, algo como o segundo lugar da competição. E o Prêmio do Júri (3º posto) também teve um empate: “EO”, de Jerzy Skolimowski, e “As oito montanhas”, de Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch.
Entre os demais vencedores, destaque para o já aclamado e sempre criativo Park Chan-Wook, diretor dos famosos e ácidos “Oldboy” e “A Criada”. O diretor ganhou aqui seu prêmio de melhor direção por “Decision to Leave”, uma obra policial em que um detetive e uma viúva de uma possível vítima de assassinato vivem um romance em meio às investigações. Melhor ator ficou com o carismático Song Kang Ho por “Broker” e a melhor atriz foi a ótima Zar Amir Ebrahimi por “Holy Spider”. Destacamos ainda o melhor roteiro: “Boy from Heaven”, de Tarik Saleh. Por fora da amostra principal, na premiação conhecida como “Um Certo Olhar”, tivemos a vitória de “Les Pires”, de Lise Akoka, levando o Grande Prêmio.
A vencedora da Palma é uma crítica social pesada de Ruben Östlund abordando um grupo de riquíssimos cidadãos do mundo num navio de cruzeiro que afunda deixando alguns sobreviventes, dentre eles representantes e celebridades do universo da moda. Todos estão presos em uma ilha. Em 2017, o diretor sueco levou a palma com o seu excelente filme “The Square”.