Cadu MouraUmas das boas novidades trazidas pela Netflix nos últimos dias, “Riqueza Tóxica” é um sci-fi indie que mostra na prática como boas histórias resistem a orçamentos restritos, mesmo desafiando a lógica como usualmente os filmes desse gênero fazem.
O filme nos traz a história de Damon (Jay Duplass) e Cee (Sophie Thatcher), pai e filha que trabalham prospectando gemas de fósseis raros de elementos alienígenas no solo de luas, e que resolvem buscar um conjunto de fósseis mais raros a pedido de mercenários, dentro dos ciclos que restam antes da retirada das docas da órbita daquela lua.
Porém, outros dois outros prospectadores – entre eles Ezra (Pedro Pascal) – os surpreendem e a partir daí a narrativa dá um giro interessante, que dentro da premissa simples traçada pela dupla Zeek Earl e Chris Caldwell ao filme possui tons fortes do gênero western mesmo dentro daquele universo sci-fi.
A direção de arte e fotografia são aspectos bem interessantes no filme pela sua estética empoeirada, e protagonizam as atenções mesmo com o bom trabalho de Thatcher e Pascal em seus personagens, com todas as nuances. “Riqueza Tóxica”, dentro de sua simplicidade, é uma boa diversão pros fãs do gênero.