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6.5Nota da Hybrido
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Seguindo nossa série da filmografia do mestre Ingmar Bergman, analisaremos hoje o terceiro filme dele no cinema, “Um Barco Para a Índia”, melodrama lançado em 1947 baseado em peça teatral de Martin Söderhjelm.

O filme conta a história do Capitão Blom, que volta à sua cidade natal após sete anos e reencontra a esposa e o filho a quem o capitão rejeita emocionalmente. Ao conhecer uma dançarina de cabaré local e tendo uma doença degenerativa que afeta sua visão, ele se apaixona por ela e promete abandonar a família e viajar com a dançarina para a Índia, mas com o tempo ela e seu filho se apaixonam e planejam fugir juntos.

Em seu terceiro filme, Bergman investe num melodrama intenso e pesado, contado em flashback, com bons personagens e um ótimo conflito central (a disputa de protagonismo entre o pai e o filho rejeitado), e consegue desenvolver seus atos acrescentando tensão e emoção nas cenas, com um final com toques de redenção a um dos personagens.

O capitão Blom é um protagonista que, com o tempo, se mostraria uma das marcas do cinema de Bergman, cheio de defeitos morais e objetivos controversos, mas com uma profundidade enorme a ser desenvolvida pelo seu texto, e neste terceiro filme vemos um novo passo do cineasta ao seu melhor.