Onde ver: Cinema
4Nota da Hybrido
Votação do leitor 2 Votos
5.6

Renée Zellweger é uma atriz que viveu seu auge tempos atrás e andava sumida dos grandes projetos e temporadas de premiações, e sua história de vida demonstra o acerto de sua escolha para incorporar Judy Garland no filme “Judy”, que retrata um período difícil na carreira desta atriz que foi um dos maiores ícones da fase de ouro de Hollywood.

Focado em sua problemática condução de relações familiares frente ao seu problema financeiro, sentimentais em suas variadas relações ao longo do tempo, e a constante depressão associada a um alto consumo de remédios para dormir e associados, o filme tenta retratar esse conjunto de problemas num período em que Judy aceitou fazer uma temporada de shows em Londres para amenizar seus problemas financeiros, e voltar a ter uma casa para morar com seus filhos.

Porém, apesar do esforço de composição e mimetismo de Zellweger para retratar a protagonista, que justifica seu reconhecimento na atual temporada de premiações (especialmente na sua cena final), mas não resgata o filme do modelo clássico e quadrado adota para expor essa narrativa, sem maiores destaques de personagens que possam desenvolver com qualidade esse potencial dramático.

Beirando o clichê novelesco nas cenas de flashback e em alguns encaixes dramáticos para justificar o peso de Judy para os fãs (como a cena em que seus fãs a acolhem para um jantar), tudo ao final parece forçado e sem muito encaixe, fazendo do filme apenas um veículo de resgate da atriz Renée Zellweger aos grandes projetos, mesmo num filme que não faz jus ao legado de Judy Garland à Hollywood.