Onde ver: Netflix
7.5Nota da Hybrido
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8.6

Em sua segunda produção em 2019 (a anterior “High Flying Bird”, também da Netflix), Steven Soderbergh trouxe em “A Lavanderia” um recorte muito bem-humorado sobre as entranhas do escândalo conhecido como Panamá Papers, sobre lavagem de dinheiro em offshores que incluía, entre vários outros países, até mesmo o Brasil com os subornos pagos pela Odebrecht pelo mundo.

Todo o relato é centrado nos sócios em um escritório de advocacia, Mossack (Gary Oldman) e Fonseca (Antonio Banderas), que narram como funciona todo o esquema de lavagem de dinheiro das offshores, e demonstra como afeta o simples contribuinte americano em diversas esferas.

Para nos conduzir nessa visão mais próxima ao cidadão comum, o filme segue a viúva Ellen Martin (Meryl Streep), que têm dificuldades de receber sua indenização pela morte do marido e vê  frustrada sua compra de apartamento por ver sua proposta superada por uma dessas offshores.

Com um elenco estelar fazendo as mais diversas pontas, mas ancorado no bom talento de seus protagonistas, Soderbergh realiza um filme honesto com todas as peculiaridades que vem adotando em seus filmes recentes e menores, onde o roteirista Scott Z. Burns opta pela narrativa de quebra de terceira parede mas sem tanta sinergia e profundidade quanto filmes com a mesma orientação, como “A Grande Aposta” (2015).

Com o tom mais sério resguardado apenas para a cena final, “A Lavanderia” acaba servindo mais para ter algum conhecimento sobre um caso de corrupção contemporâneo notório com tom crítico ao momento recente dos Estados Unidos, sem maiores pretensões a algo maior que isso.