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8Nota da Hybrido
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O gênero de filme onde protagonista busca seu lugar ao sol no mercado artístico tendo um talento nato mas sem as estruturas para tentar a sorte nesse meio é um clássico do cinema há gerações e gerações, e “As Loucuras de Rose” não foge muito às estruturas desse tipo de filme.

A história gira em torno de Rose (Jessie Buckley), uma ex-detenta que volta para casa, voltando a conviver com sua mãe Marion (Julie Walters) e seus dois filhos pequenos, e ainda persiste num sonho: ir para Nashville tentar a sorte como cantora de música country.

Porém, nada é tão simples: ela não tem mais seu ex-emprego como cantora num pub de Glasgow e precisa trabalhar como doméstica, onde conhece a dona da casa, Susannah (Sophie Okonedo), que ao flagrar Rose cantando no serviço, decide incentivá-la a tentar a sorte com seus contatos.

O roteiro traz conflitos interessantes sobre a questão da carreira artística versus responsabilidades familiares de uma mãe solteira, somada ao passado de detenta, e o que parece a luta de uma jovem cantora pelo sucesso na verdade se mostra o processo de amadurecimento de uma jovem sobre um caminho a ser traçado.

Essa mensagem sob a camada dos clichês do gênero é o grande acerto do filme, e o carisma e presença da atriz Jessie Buckley no papel da protagonista, tanto nas situações dramáticas como nas cenas de palco, que são muito boasa, além de boas presenças coadjuvantes, principalmente a veterana Julie Walters como a mãe de Rose.

Com boas canções – em especial a que conclui o filme e a história com sua letra – o filme cativa até quem não é fã de música country pela emoção construída e que envolve o espectador aos poucos, no mesmo ritmo que Rose absorve seu processo interno de amadurecimento.