"Last Night in The Bittersweet" (2022), de Paolo Nutini
9Pontuação geral
Votação do leitor 2 Votos
8.9

 

   Depois de um hiato de oito anos, o escocês está de volta para um novo trabalho. Nutini também não se apresentava desde 2017, mas a espera valeu a pena. “Last Night in The Bittersweet” é longo e prazeroso. No total, são 16 músicas, visto que a paciência para um trabalho completo anda cada vez menor, é um grande desafio fazer algo desse tipo.
   Logo de cara, a intro de “Afterneath” parecia apontar a direção do disco, mas com tanta música, Nutini dá um passeio por vários estilos. Importante destacar que esta mesma “Afterneath” carrega a assinatura do visceral e autoral diretor Quentin Tarantino. Sim, ele mesmo. O cara escreveu a primeira música do álbum. Ele foi creditado nesta canção, que apresenta trechos do filme escrito por Tarantino, “Amor à Queima-Roupa” (1993), mas dirigido por Tony Scott. Tal filme fez Quentin voar em Hollywood.
   A voz inconfundível escocesa explode em “Trough The Echoes”, single que já nasce estourado, um dos melhores do ano até aqui. Logo em seguida “Acid Eyes”, forte melodia que junto a linha de baixo vai crescendo e entra com uma facilidade no ouvido.
   São tantas influências no disco, que por vezes parece se tratar de trabalhos diferentes, no entanto, a habilidade de pegar algumas curvas ousadas faz de “Last Night In The Bittersweet”, um item indispensável para a coleção.
   A conexão que senti logo de cara nos primeiros minutos de audição foi aumentando com o tempo. Um álbum arriscado e que incrivelmente parece ter dado certo facilmente. Pulando os singles, é muito difícil manter uma música preferida. Espero que Nutini não suma de novo. Aumenta o som!