Carlos Robledo Puch está preso há 45 anos na Argentina, após assumir 11 homicídios e mais de 40 assaltos nos anos 70. Na época de sua prisão a imprensa o chamou de “Anjo da Morte”, pelo seu rosto juvenil e os cabelos cacheados como de um anjo nas representações católicas.
O filme se passa na origem dessa carreira no crime, onde Carlos (Lorenzo Ferro) passa de pequenos e inconsequentes furtos a casas luxuosoas e vazias a roubos de armas, jóias e artefatos valiosos, depois de conhecer Ramón (Chino Darin) e usar a violência como forma de impressioná-lo durante os golpes criminosos.
A produção deste filme argentino impressiona de cara por sua beleza visual, excelente montagem e edição de som precisa e impactante, ambientando a história e nos conectando diretamente aos valores incomuns de vida do protagonista desde o início, retratando bem sua família e o ambiente de onde quer se afastar, e o mundo que Ramón o apresenta, através de sua incomum família e seus valores distorcidos.
A busca de Carlos é por aceitação e amor, por debaixo do rastro de violência pelo caminho, e as músicas inseridas ao longo das passagens de atos do filme transparece bem essa questão que envolve o protagonista e seus valores pessoais sobre a vida com as regras que o cercam, numa história que prende nossa atenção de forma competente e caprichada.
Onde ver: em cartaz nos cinemas.