Nota do Hybrido
7Pontuação geral
Votação do leitor 3 Votos
5.8

Em “Repo Man – A Onda Punk”, Cox nos coloca numa Los Angeles utópica, caótica, onde a ordem é pré-estabelecida pelos critérios capitalistas, onde agentes de confisco civil (os chamados “Repo Man”) roubam carros de devedores ou executados em troca de comissões, independente da forma dessa colheita.

Neste cenário, o jovem Otto, interpretado pelo ícone dos anos 80 Emilio Estevez, é cooptado pelo experiente repomanBud (Harry Dean Stanton, figura emblemática do cinema independente americanos dos anos 80/90) para entrar nesse mercado de trabalho do confisco, e em meio às tarefas acaba envolvido na captura de um Chevrolet 1964, procurado não só pelas agências como também por espiões e entidades de pesquisa sobre alienígenas.

Alex Cox não nos poupa de subversões na narrativa e dos absurdos de gênero da ficção-científica para, no todo, montar uma grandiosa crítica à sociedade yuppie consumerista que estava formada nos EUA naquele momento, como por exemplo os logos dos produtos consumidos ter o nome do conteúdo, ou a co-relação estabelecida onde o grande filósofo do filme, um dos únicos que não dirige carros, é talvez o personagem mais esclarecido sobre o contexto daquele universo (algo inclusive devidamente reconhecido no desfecho do filme)

E nada mais radical do que entregar ao Iggy Pop a composição da canção principal do filme, intitulada “Repo Man”. Vejam e tragam suas conclusões depois aqui!

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