Steven Wilson “The Future Bites"
8Pontuação geral
Votação do leitor 4 Votos
9.2

 

Steven Wilson ( Ex-Porcupine Tree), está de volta com álbum novo de estúdio ‘The Future Bites’, parece seguir a tendência do seu antecessor ‘To The Bone (2017), no sentido de cada vez mais o artista explorar canções com conexões direta ao Pop. Um álbum de poucas guitarras e mais batidas eletrônicas. Notável o uso mais afetivo de sintetizadores, algo que deu para o álbum uma atmosfera dançante e envolvente, com momentos psicodélicos sensacionais.

‘The Future Bites’ olha para presente e traça o futuro seguindo por um caminho que se afasta cada vez mais do “Rock Progressivo” e cada vez mais próximo da eletrônica e do Pop. São nove canções, onde Steven, parece refletir e dialogar sobre: existencialismo, consumismo, algoritmos, compras pela web e como a tecnologia e marketing impactam a vida moderna. Ou seja, identidade e tecnologia. Como se fosse um disco utópico sobre a distopia dos tempos atuais e modernos.

Algumas coisas me lembraram  Tears For Fears e Roxi Music. Algo que remete a carreira prolifera do artista. Além de fundador da banda de Rock Progressivo Porcupine Tree, foi membro de outras bandas como: Blackfield, Bass Communion e No-Man e por cima trabalhou com: Elton John, Tears For Fears, Roxi Music, entre outros.  E The Future Bites, traz muito dessa sonoridade em seu contexto. E temos que levar em consideração que estamos falando de um artista com mais de 30 anos de carreira, que entrega um álbum conceitual de canções Pop dançantes embasadas no Rock Progressivo, Psicodélico e Eletrônico, é o caso de “12 Things I Forgot” que se aproxima dessas referências fazendo uma elegia ao melhor Do Pop. A pegada eletrônica aqui funciona muito bem e flerta com a voz de Steven. “Man of The People” começa introspectiva, com um clima atmosférico passando pela psicodelia, com voz de Steven cantando versos metafóricos. Uma canção muito bonita, que pode ser definida como a fusão do Chemical Brothers com o Rock Progressivo.

“Personal Shopper” une momentos lentos com momentos mais eufóricos. A faixa possui um refrão sensacional para disparar em pistas de danças, a canção faz conexões diretas com a influência do Rock Progressivo incorporado a outros elementos. “Folllower” começa com ótimas batidas eletrônicas e destaque mais uma vez para voz de Steve e para os riffs de guitarras e o teclado hipnótico bem anos 80. Um disco que aponta momentos de crescimento e otimismo e deixa claro que Steve Wilson é um artista que procura nunca se repetir.