Onde: Cinemas
Uncharted é o tipo de filme que nos faz ser gratos por existir um cinema de aventura e ação com obras como Indiana Jones, Missão: Impossível, A Múmia, Tudo por uma Esmeralda e por que não, A Lenda do Tesouro Perdido, com Nicolas Cage.
O filme é uma aula, praticamente um checklist de tudo o que fazer de errado em uma aventura “pulp” como essa. Falta um propósito que nos faça ter identificação com os protagonista, o porquê torcer por eles.
É para achar um dos artefatos mais importantes da história, como o Santo Graal? Não. Então é para impedir que um ser milenar jogue pragas no nosso mundo? Também não. Então só pode ser para uns picaretas tentarem ganhar uma grana, mas entender que existe um objetivo maior que isso? Nada disso.
O Nathan Drake de Tom Holland sai de uma vida de punguista e barman para ser ladrão de tesouro, mas no final das contas só quer se provar para o personagem de Mark Wahlberg. Não existe desafio que Drake não saiba solucionar em menos de um minuto. Não existe discussão sobre os puzzles da aventura. Ele tudo sabe, mas se não souber, vai estar facilmente exposto em alguma parede.
Outro fator imprescindível para o sucesso desse tipo de história é a ameaça, seja ela vilanesca ou parte da jornada. Sejam eles os nazistas, uma múmia, ladrões, uma montanha, um rio… Uncharted tenta criar essa figura no personagem de Antonio Banderas, mas da mesma forma que ele é inserido no jogo (sem trocadilhos), também é tirado de forma vergonhosa.
Ah, mas pelo menos a ação vai salvar esse filme baseado em um videogame de ação! Nada disso. Tudo soa falso, cheio de CGI, sem peso, sem gravidade (inclusive a lei da física), sem nenhuma sujeira ou arranhão. Se tem algo que ajuda Uncharted é o carisma de Tom Holland e a dupla com Mark Wahlberg. De resto, é um filme de videogame, baseado em um jogo, que era baseado em filmes, mas que não consegue nem ser filme e nem videogame.