7 DISCOS/ 3 MÚSICAS – AGOSTO 2021

Chegamos aos 7 discos de agosto. Lembrando que a ordem é definida pelos álbuns que mais ouvi e tive intimidade no mês. Confira os 7 discos que eu compraria se entrasse em uma loja de discos!

BIG RED MACHINE – HOW LONG DO YOU THINK IT’S GONNA LAST

⭐️⭐️⭐️⭐️/2

Big Red Machine é um projeto do Justin Vernon com Aaron Dessner (The National). O disco parece mais uma trilha sonora por tantas participações especiais. Praticamente um Avengers da música. Já de cara, a maravilhosa “Latter Days” com Anais Mitchell em um dueto perfeito junto a Vernon é o single que precisava para o disco explodir. O trabalho ainda conta com Fleet Foxes, Taylor Swift, Ilsey, Sharon Van Etten, Lisa Hannigan, Shara Nova, Ben Howard, This Is Kit e La Force. Um verdadeiro Dream team. Não tinha como dar errado. Praticamente uma seleção de futebol 2006, só que com uma boa preparação física. Me ganhou. Aumenta o som!

THE KILLERS – PRESSURE MACHINE

⭐️⭐️⭐️⭐️/2

Por mais que tenha se mantido como banda grande, os últimos trabalhos da banda não me pegaram. Porém, em 2020, com “Imploding The Mirage”, os caras voltaram à melhor forma. Brandon Flowers está cantando como nunca e as músicas mereciam estar no setlist. Eis que um ano depois vem mais um disco. “Pressure Machine” é um trabalho diferente do que aquilo que a banda já fez. É intimista, moderno, atemporal e viciante. É o Killers analógico e com isso: grandioso. Um presente para quem gosta de comprar discos. O single “Quiet Town” poderia ser uma versão acústica do primeiro disco da banda. Procurei e não achei uma música ruim em “Pressure Machine”, um trabalho que serve para toda hora e para todos os gostos.

FOXING – Draw Down The Moon

⭐️⭐️⭐️⭐️

Tento sempre não comparar bandas, acho que se formos a fundo sempre vamos achar alguma coisa única em qualquer artista na música. Seria fácil encontrar o lugar do Foxing na música, mas aqui estamos falando do disco completo. E que grande viagem é o “Draw Down The Moon”. Começando por “Beacons”, faixa 3, que nos pega rápido, muito bem trabalhado e que abre espaço para o resto do disco. Longe de ser linear, a banda surpreende exatamente por parecer estar trilhando um caminho e ir para outro. Eu me diverti bastante ouvindo e facilmente levaria pra casa. Aumenta o som!

SHANNON AND THE CLAMS – YEAR OF THE SPIDER

⭐️⭐️⭐️⭐️

O 6º álbum é recomendado para quem gosta de nostalgia. Não à toa, a banda é tachada como retrô-rock. E cada faixa de “Year of The Spider” parece ter sido feita em épocas diferentes. Poderia ser uma trilha sonora de algum filme dos anos 80, a versatilidade na voz da baixista e cantora Shannon Shaw comanda essa aventura. O disco inteiro é muito divertido, seja nas canções mais animadas como “Midnight Wine” e a homônima do disco, seja nas mais leves como a de abertura “Do I Wanna Stay” e “Mary Don’t Go”. Aumenta o som que dificilmente vai se decepcionar

WILLIE NILE – THE DAY THE EARTH STOOD STILL

⭐️⭐️⭐️⭐️

Esse é o 14º álbum do veterano músico americano. Às vezes precisamos do rock na sua maior essência e sinceridade. E o novo trabalho de Nile é exatamente isso. Uma obra muito bem produzida e sem nenhuma artimanha tecnológica, que poderia muito bem ter sido lançada no começo da carreira. Isso não quer dizer que ele esteja se repetindo. Não mesmo. O punhado de canções com melodias fortes e certeiras fazem do disco essencial. Conseguir se destacar com esse som em 2021 é para poucos. Vida longa a Willie Nile!

VILLAGERS – FEVER DREAM

⭐️⭐️⭐️⭐️

Agosto foi mesmo o mês de viajar. Claro que ainda não para outra cidade, mas sim na música. A banda irlandesa faz isso parecer fácil. Ouvi pela primeira vez o disco numa caminhada em Copacabana e na primeira música quase bati em um poste. Tome cuidado! “The FIrst Day” e “So Simpatico” são ótimas para dar uma animada no dia. “Circles In The Firing Line” tem pouco mais de 6 minutos e entra numa onda psicodélica no fim. A banda é muito criativa. Escute inteiro e boa viagem!

CHVRCHES – Screen Violence

⭐⭐⭐⭐

Eu demorei um pouco pra gostar da banda, mas assim que consegui foi um caminho sem volta. Este é o terceiro disco do trio escoces e embora não seja o melhor, traz um amadurecimento natural. Pela sonoridade, o CHVRCHES conseguiu entrar no mercado americano. A força nas letras e refrões que se acentuam com a voz da vocalista Lauren Mayberry estão pesadas em “Screen Violence”. O disco ainda tem a participação especial de Robert Smith(The Cure) na faixa “Not To Drown”. Se tem uma banda que domina o que faz e segue crescendo, essa banda é o CHVRCHES. Vida Longa!!! Aumenta o som!

DISCOS QUE PODERIAM TER ENTRADO:

Deafheaven – Infinite Grenite