EduardoTape Deck Mountain é uma banda americana formada por Travis Trevisan (guitarra, vocais), Greg Harp (guitarra), Sully Kincaid (baixo, teclados) e Andy Gregg (bateria, programação). O grupo começou sua carreira em San Diego e depois mudou-se para Nashville. Interessante é que Nashville tem fama de ser um celeiro de grandes nomes da música Country.
Porém, esse gênero não parece ter influenciado o quarteto, que preferiu seguir, principalmente, pelo Shoegaze e Post-rock. Os americanos têm na bagagem três discos: ‘Ghost’ (2009), ‘Sway’ (2013) e ‘Echo Chamber Blues’ (2018).
‘True Deceiver’, o quarto disco, revela o amadurecimento da banda, muito além disso, é um trabalho que surge mais pesado, com forte ênfase no trabalho das guitarras, sem esquecer de realçar baixo e bateria deixando tudo calcificado numa parede maciça instrumental, como fica comprovado em “Nomo”.
Falando em guitarras, o grupo ficou bem conhecido pelo excesso de pedais que usa em estúdio (entre 10 a 20 pedais), e tal característica acaba determinando a densa sonoridade em faixas como as explosivas “Hush” e “Pyramid”. Mas há espaço para guitarras dedilhadas que se encaixam em panoramas mais suaves e menos barulhentos como em “Ceremony” e “True Deceiver” (que lembra bastante o grupo Ride do álbum ‘Carnival of Lights’ de 1994).
No final das dez faixas, sabemos que são várias as influências e similaridades do Tape Deck Mountain (Ride, Mogway, Spiritualized, Catherine Wheel, entre outros). Num mundo que muitas vezes não tem tanta originalidade mais por mostrar, o que vale é saber usar ou mesmo conseguir imitar o que nos serviu de referência. E o grupo faz isso muito bem. Por fim, acaba sendo importante e coloca ‘True Deceiver’ como um álbum interessante de 2021 para quem, inclusive, se simpatiza com o que foi descrito nesse texto.