“Better Call Saul” entra em sua última temporada em lançamentos divididos em dois blocos, com o primeiro se encerrando na última semana, e o segundo iniciando em julho na Netflix, produtora deste spinoff do universo criado pela série de enorme sucesso de público que foi “Breaking Bad”.
Mantendo sua excelência técnica, a série que utiliza as ferramentas do cinema como ninguém para conduzir sua história e os arcos dramáticos contidos na jornada que levou o malandro Jimmy McGill a se tornar o icônico advogado Saul Goodman que vimos em “Breaking Bad”, assim como toda a construção da atuação do cartel mexicano em Albuquerque através de outros personagens também provenientes da outra série, como Mike e Gus, além da família Salamanca.
Esta primeira metade se concentra em dois arcos bem definidos e que evoluem em paralelo, só se cruzando em seu desfecho até a segunda metade ser lançada: por um lado, Saul Goodman segue aumentando sua atuação com clientes do crime organizado, pela fama alcançada por se tornar referência de defesa pelo cartel, e sua esposa Kim Wexler, que move um golpe com auxílio de Saul para desmoralizar seu ex-sócio. Howard Hamlin.
Por outro lado, vemos as consequências da tentativa de assassinato de Lalo Salamanca em sua mansão no México através do conluio de seu capanga Nacho com Gus e Mike na tentativa de diminuir a influência da família Salamanca nas operações de tráfico de drogas em que estão envolvidos. Lalo e a dupla Saul/Kim evoluem caudalosamente, episódio a episódio, um tentando entender a verdade sobre o que levou a tentarem matá-lo, e os outros compondo meticulosamente o plano de desmoralizar seu rival através da arquitetura de um grande golpe.
As linhas se cruzam num desfecho ao melhor modelo estabelecido por “Breaking Bad” e nos traz a expectativa de uma segunda metade de temporada ainda melhor para unir os pontos que unem “Better Call Saul” a sua série originária, e que destino aguarda Saul Goodman para o que o levou até o ponto de “Breaking Bad”, e o que o levará ao ponto após “Beraking Bad” – o que promete ser a nova fase desse universo.