CAVEMAN – SMASH (2021)
7Pontuação geral
Votação do leitor 0 Votos
0.0

O Caveman é do Brooklyn (NY) e surgiu em 2010. Como toda banda que saiu do bairro nova-iorquino durante as duas décadas passadas, é sempre fácil identificar as características comuns entre elas: a notável capacidade de cair em experimentalismos e de conseguir partir para outras possibilidades sonoras que fujam de um gênero musical único e imutável. Dentro dessa lista, poderíamos citar tranquilamente grupos como Grizzly Bear, Yeasayer, Liars, TV On The Radio, entre outros.

O grupo liderado por Matthew Iwanusa começou timidamente abrindo shows para bandas de peso como Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, Cursive e The War On Drugs. Em 2011, apareceram na lista das 40 melhores bandas do ano pelo site Stereogum. Neste mesmo ano, o début ‘Coco Beware’ é lançado. Mais dois discos viriam depois, ‘Caveman’ (2013) e ‘Otero War’ (2016). Mesmo recebendo comparações ao The Shins, o Caveman foi adquirindo sua identidade e em meio a uma fusão de gêneros como Indie Rock, Post Rock e Folk, chega agora ao quarto trabalho, ‘Smash’, isso depois de um hiato de 5 anos. 

 

“Like Me” tem começo tímido guiado por um piano, em seguida abre espaço para a bateria performática se aproximar e deixa a faixa com mais peso. “Helpless” parece ser bem influenciada pela New Wave 80’s, apresenta clima dançante e coloca os sintetizadores bem à vontade. Com belo coro de vozes no início, “River” se aproxima bastante de um Space Rock. 

Enquanto “Bellocell” aposta em guitarras bem marcantes e uma melodia enérgica envolvente, por sua vez “Will It Take Time” desliga as guitarras, deixa imergir a composição num contorno melancólico onde apenas a voz de Iwanusa e alguns sintetizadores dão conta da melodia. “Don’t Call Me” é a que mais resgata o espírito Post-rock com uma faixa que se aproxima dos 7 minutos e que prioriza os instrumentos agregados num bloco único e maciço.

Mais uma banda que passa dos 10 anos e que, como muitas, vem construindo uma carreira para se ficar de olho, para observar como será uma nova década para sua discografia. Ficamos de olhos abertos (e ouvidos atentos) então.