Foo Fighters “Medicine At Midnight” (2021)
7.8Pontuação geral
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9.2

Foo Fighters enfatiza o Pop e o Groove com canções alto astral e revigorantes

O Foo Fighters ao longo de sua vasta trajetória tem se colocado como uma fiel banda do Rock Alternativo, daqueles de lotar arenas e hits de grudar na cabeça do ouvinte. Basta lembrar de músicas como: “Learn To Fly”, “The Pretender”, “Everlong”, entre outras. Para perceber que a banda de Dave Grohl, tem assumido com maestria tal título e sobrevivido ao peso do tempo e a um cenário de novas bandas e novos sons. Se manter integro durante muitos anos entre discos, turnês e um consagrado estilo musical, se torna maestria para poucos. O desgaste, o tedio assolam, e chega o momento que é preciso inovar, revigorar-se.

Medicine At Mindnight é esse refúgio do Foo Fighters, um disco otimista, inspirado, uma verdadeira festa pop dançante. Trouxe de volta o som alternativo dos anos noventa, com elementos inovadores. O álbum possui uma cativante pegada no Groove. De acordo com Dave Grohl, ele se inspirou no seu grande ídolo David Bowie, mais precisamente no álbum Let’s Dance, a constatação disso fica na faixa que dá título ao álbum “Medicine At Mindnight” uma faixa com uma veia pop intimista, dançante, na qual os vocais de Grohl se assemelham ao de Bowie. Uma das grandes faixas do disco.

O álbum foi todo produzido em uma casa antiga, dos anos 60, localizada em Los Angeles. E quem assina a produção é Greg Kustin, o nome por traz do som que Dave Grohl queria para esse novo álbum da banda. Medicine At Mindnight, é o decimo álbum de estúdio do Foo Fighters e além disso celebra os 25 anos de carreira da banda.

Uma obra enérgica que deixa evidente um Foo Fighters revigorado com um repertório categórico e muito mais preciso que o último álbum ‘Concrete and Gold’ (2017), algo que já fica nítido na faixa de abertura “Making A Fire” onde os riffs de guitarras são vibrantes e se misturam a um coral de mulheres cantando “na-na-na-na” que mais parece um brilhante coral Gospel. E mais ainda, a filha de Dave Grohl, Violet, de 14 anos participou dos coros. Pode ser a explicação para o grande entusiasmo de Grohl, aquele orgulho paterno de ver o talento da filha para música.

“Chasing Birds” é a mais lenta e melódica do álbum. Uma linda canção que lembra o Pop dos anos sessenta. Um ótimo disco da banda que prova que eles não precisam mais provar nada a ninguém. Por mais que a música em nossas vidas, seja marcada por períodos e fases e, acabamos deixando de lado algumas bandas no decorrer do caminho. O Foo Fighters sempre vai ter seu lugar na nossa trajetória musical. Ouça “Making A Fire”, “Medicine At Mindnight” e “Chasing Birds”.