LUCID EXPRESS – LUCID EXPRESS (2021)
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Inicialmente conhecido em seu país como Thud, foi depois de um tempo que o quinteto de Hong Kong decidiu mudar para Lucid Express. A inspiração para o nome da banda não poderia ter sido melhor: o poético filme ‘Chungking Express’ (1994) do renomado cineasta chinês Wong Kar-Wai.

Apesar de existirem desde 2014, só agora é lançado o début homônimo. Nestes anos, a banda chegou a se apresentar em vários lugares pela Ásia (ainda como Thud) e quando a ideia do disco veio à tona, a Pandemia do Covid-19 fez com que o grupo esperasse um pouco mais pelo momento certo do lançamento.

Desde a abertura do disco com ‘North Acton’, percebemos claramente as influências/similaridades do Lucid Express. Há muita coisa de My Blood Valentine e Slowdive (sobretudo em faixas como “Ado” e “Prime Or Pride”). A paisagem sonora é composta de texturas e camadas compostas pela voz angelical de Kim, muitas guitarras e sintetizadores. Esse dois instrumentos citados anteriormente convivem em sintonia e rendem boas faixas como “Sore” e “Hollowers”.

Mesmo quando as faixas priorizam mais as batidas geradas pela programação dos sintetizadores, interessante notar como o grupo destaca um teor mais Synth-pop à sua sonoridade. “No Talk” e “Aquarium” são faixas que buscam esse objetivo, recebem um contorno mais eletrônico, mas não tão menos atraente.

‘Lucid Express’ coloca a Ásia como um importante celeiro de novas bandas e também define como é influente o gênero Shoegaze neste continente. Mesmo sem muita maturidade e com  muito trabalho pela frente, o quinteto começa bem e dá um passo bem avançado dentro de sua proposta sonora. Um trabalho indicado para quem gosta do gênero e, sobretudo, para quem sempre está na busca de bandas novas e promissoras.