Avaliação Hybrido
8.5Nota do Autor
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9.0

“Morte Morte Morte” é um curioso exemplar de slasher calcado nas relações modernas de nossa sociedade mais jovem, através das redes sociais. O grupo que se reúne numa mansão para passar o tempo da passagem de um furacão juntos, e aproveitam para jogar uma espécie de “detetive”/”gato mia” mais intenso, onde tudo que envolve a brincadeira acaba se tornando realidade a cada morte.

A temática recorrente de crítica à questão da imagem nas redes sociais não é exatamente um refresco nos filmes mais recentes, mas é bem interessante a construção de como a realidade embarreirada pela farsa que aquele grupo de amigos sustenta um para o outro, como também ocorre nas relações virtuais hoje, vai caindo a cada corpo de pessoas falecidas na casa, com os motivos mais recorrentes em qualquer critica às redes hoje: desinformação, alienação, ostentação vazia e preenchimento de vazios sentimentais.

O grande mérito do filme de Reijn é não ceder ao provável desfecho de uma final girl alheia àquele mundo (tão alhei que é literalmente uma estrangeira), e colocá-la dentro daquela mise en scene sem qualquer engrandecimento ou diferenciação, é apenas uma demonstração de subordinação diferente ao smartphone, mais condicionada à sua provável classe social.

“Morte Morte Morte” portando atende ao objetivo do entretenimento conjugando às marcas do gênero que escolheu para perfilar sua narrativa, e também do filme como forma de discussão do papel das pessoas frente ao mundo virtual com toques bem dosados de ironia, e um bom elenco afinado no propósito com diferentes graus de características já expostos no fim do segundo parágrafo, sendo assim um bom filme dentro daquilo que ele se propõe a ser do início ao fim.