Chegamos à lista do mês de junho e eis aqui um dos fortes candidatos a disco do ano. Apesar disso, não foi uma época tão animada para os amantes de álbuns. Deixo mais uma vez os sete que eu compraria. Lembrando que não se trata de uma lista de melhores e sim dos que tenho mais ouvido no momento. Aumenta o som!
Wolf Alice – “Blue Weekend”
⭐️⭐️⭐️⭐️/2
Lançar uma balada como primeiro single em 2021 parece arriscado. Não foi o caso de “The Last Man on Earth”, que além de despistar os fãs da banda, consegue ser brilhante e abre o caminho para um dos melhores trabalhos do ano. Quando finalmente o disco saiu, eu já tinha sido completamente atingido, fazia um tempo que singles não me pegavam dessa maneira. Falando sobre “Blue Weekend”, cada música parece preparar a sequência. Todas são ótimas, mas juntas se transformam em algo maior. Aliás, um disco que poderia facilmente ser tocado na íntegra. “Delicious Thing”, grudada em “The Beach”, abre o álbum da melhor maneira. Difícil escolher as melhores. Gigante disco. Aumenta o som!!!
Sault – Nine
⭐️⭐️⭐️⭐️
Corra para ouvir essa maravilha. Corra mesmo, já que vai estar disponível no streaming por apenas 99 dias. O misterioso coletivo inglês vai se tornando voz ativa nos dias de hoje. “Nine” é mais um trabalho de média alta, é intenso e brilhante. “Bitter Streets”, junto a “London Gangs”, por enquanto, são minhas preferidas. Mais do que isso, escute a mensagem que o grupo nos deixa. Baixe de graça o mp3 ou compre o disco no site dos caras. De arrepiar!
Lucy Dacus – Home Video
⭐️⭐️⭐️⭐️
Achei que fosse gostar mais facilmente do disco, mas acho que fui com a expectativa lá em cima. Por sorte, insisti bastante e agora fui fisgado completamente por “Home Video”. O novo trabalho de Lucy Dacus traz os melhores tons e melodias da cantora e também muitas memórias da sua adolescência. “Cristhine”, segunda faixa, é bela de tão simples. Mesma coisa com “Triple Dog Dare”, última do disco, que traz uma letra forte e poderia muito bem estar em algum disco da Boybenius. Espero que se “Home Video” não descer pra você de cara, que tenha a mesma paciência que eu tive. É maravilhoso!
Modest Mouse – The Golden Casket
⭐️⭐️⭐️⭐️
Obrigatório em uma lista de discos ter algum apenas pela diversão. Uma das bandas que passa mais isso é o Modest Mouse, que chega ao seu sétimo álbum aqui e que pra mim é o mais interessante dos caras. Considero uma viagem sem compromisso para um mundo que não conheço, mas sei que é divertido. “We Are Between” é a mais radiofônica e provavelmente vai te pegar em algum momento. Os caras parecem não ter preocupação em formatos, apenas deixam rolar a música no caminho que ela for levando. Bom demais!
Cedric Burnside – I Be Trying
⭐️⭐️⭐️/2
O artista consegue mostrar toda sua sensibilidade e versatilidade nas 13 faixas do trabalho. Em sua maioria, o disco é característico de blues, mas Burnside sabe chegar bem em outras áreas. Em 2012, Burnside perdeu seu irmão; em 2015, seu pai e; em 2017, sua mãe. Passar pelo luto e seguir em frente é a mensagem de “I Be Trying”, a primeira faixa “The World Can Be So Cold”, umas das minhas preferidas, mostra isso. “What Makes Me Think” também se destaca pela bela melodia e por lembrar grandes momentos do blues. Falando no gênero, aumente o som em “Get Down”, música para ser ouvida no máximo!
Rostam – Changephobia
⭐️⭐️⭐️/2
Este é o segundo disco do artista desde que saiu do Vampire Weekend em 2016. A mente criativa fluiu mais uma vez e “Changephobia” é um trabalho leve e me parece ser sem muito compromisso. A terceira faixa “Unfold You”, minha preferida, tem uma clara influência de jazz. Se o álbum é sobre não ter medo de mudar, a música seguinte “Runner” já muda o caminho todo e volta para a zona de conforto do músico. Rostam, para quem não o conhece, também é colaborador de vários outros artistas. Em especial, foi um dos produtores de “Women In Music Part III’, da Haim, um dos melhores do ano passado. Só por isso já vale uma chance para “Changephobia”. Curta ai!
POM POM SQUAD
Embora o trabalho derrape em alguns momentos por não ter uma direção definida, o disco de estreia da banda agrada rapidamente. Do sofrimento das canções mais carregadas, como a linda “Forever”, até a forte “Crying”, que tem um belo clipe, facilmente fui sugado para o mundo da líder do grupo Mia Berrin, de apenas 23 anos. Ao lado da cantora e guitarrista, a banda é formada por Alex Mercuri (guitarra), Shelby Keller (Bateria) e Mari Figeman (baixo). Tantas referências e estar no momento certo, na hora certa, me fazem pensar que o Pom Pom Squad pode ter uma carreira longa e promissora.
DISCOS QUE PODERIAM TER ENTRADO:
FAYE WEBSTER – I KNOW I´M FUNNY HAHA
LIGHNING BUG – A COLOR OF THE SKY
ISLANDS – ISLOMANIA
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