Eduardo
The Goon Sax foi formado em 2010 na cidade de Brisbane (Austrália). A ideia da criação da banda começou a tomar forma quando dois colegas de escola, James Harrison e Louis Forster, tinham a paixão pela música em comum. Os ensaios começaram nos quartos de Harrison, tudo de forma amadora.
Posteriormente, o trio estaria finalmente completo com a entrada da baterista Riley Jones. A curiosidade fica por conta de que Louis Forster é filho de Robert Forster (co-fundador da banda The Go-Betweens).
A sonoridade do The Goon Sax é bem influenciada por nomes como The Go-Betweens (claro) e Beat Happening, porém o grupo apresenta outras características bem fortes que constrói ao longo de sua discografia.
O trio carrega muito da herança musical do país, traz referências da New Wave dos anos 80 (exemplo são as faixas “Tag” e “Psychic”) e sim, não deixa de cumprir a musicalidade do Pop-Rock da atualidade.
Outro destaque é a alternância entre vocal masculino e feminino, o que fica bem marcante em faixas como “In The Stone” (uma bela abertura, por sinal) e “The Chance”. O instrumental também é bem incisivo, assume boa postura na maioria das faixas. Apesar de um início que parecia tímido, “Bathwater” se deixa levar por uma cozinha poderosa, depois fica ágil se tornando uma espécie de hino Pós-punk, com direito a guitarras e sopros em profusão. O sintetizador imponente que surge em “Desire” garante mais identidade e robustez à canção.
A Austrália sempre teve a fama de ser um ótimo celeiro de artistas/bandas no cenário musical. The Goon Sax não quebra a regra e mantém essa tradição. ‘Mirror II” é um terceiro álbum que chega com maturidade e variedade.