‘IN RAYS OF THE LIGHT - GAME
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Produtores de jogos russos são bem conhecidos pela facilidade de, por meio de uma ideia simples, criarem algo que agrada e que atravessa gerações. Exemplo maior disso é o clássico Tetris, feito pelos engenheiros russos Dimitry Pavlovsky e Vadim Gerasimov.

Claro, desde o ano em que Tetris chegou ao mundo até os dias atuais, muitas transformações surgiram na história do desenvolvimento de jogos. De meros passatempos e opções de entretenimento, jogos passaram a ocupar um modo de contar narrativas tal qual o cinema já determinava, e não só isso, jogos podem mesmo funcionar como veículos de críticas políticas/sociais e passar ao jogador uma mensagem muito mais do que lúdica, também de alerta e conscientização.

Esse é um jogo que já existia desde 2012. Agora, passa a ganhar uma espécie de remasterização, chegando em boa hora para os consoles PS4, PS5, Xbox One e Nintendo Switch. Seu criador, o russo Sergey Noskov, é um produtor independente de jogos que já tem aí uma boa bagagem de trabalhos realizados, mesmo que ostente seu anonimato.

Típico jogo que pode ser descrito como um ‘Walking Simulator’, ‘In Rays Of The Light’ coloca o jogador dentro de um cenário destruído e situado após fatídicos acontecimentos, mas que ainda guarda certa beleza e seus mistérios. Nada de inimigos, inventário simples, armas não estão presentes, salas para se investigar, detalhes ocultos para se encontrar.

O jogo propõe a exploração e cada passo torna-se importante para descobrir tudo que aconteceu. Notas espalhadas pelos ambientes e frases nas paredes contribuem para uma maior compreensão do jogador em relação aos eventos que ocorreram.

O jogo, apesar disso, tem seus obstáculos. Barulhos, ruídos e sirenes indescritíveis que aterrorizam a cada passagem aberta ou desbravada, iluminação precária, o próprio ato de encontrar cada pista ou item para o passo seguinte. Mesmo com o sol brilhando no exterior, a claustrofobia em recintos internos é sensação comum em trechos como bunkers e porões. O jogador tem as ferramentas de ajuda como isqueiro e lanterna, mas, dependendo de como usou a iluminação durante o tempo de jogo, pode alcançar dois finais diferentes entre si.

O game tem seus pontos negativos. Ter curta duração e não ter tantos ambientes a serem investigados podem tirá-lo, em parte, de ser um dos melhores jogos com essa temática exploração/walking simulator dos últimos anos. Detalhes como a boa sonorização e a ideia de se trabalhar com a luz/escuridão, deixa o jogador com vontade de chegar até o final, ler cada texto espalhado, arriscar-se nos corredores, descobrir os eventos passados e ter sempre uma surpresa pela frente.