Cadu MouraSeqüência de “A Casa dos 1000 Corpos” (2003) e “Rejeitados pelo Diabo” (2005), o novo longa de terror de Rob Zombie, “Os 3 Infernais”, fecha a trilogia de violência e mortes que conta a trajetória dos irmãos Firefly, serial killers que no filme de 2005 acabam capturados.
Em “Os 3 Infernais”, após dez anos preso, um dos irmãos Firefly, Otis (Bill Moseley), acaba fugindo da prisão junto a um comparsa chamado Winslow (Richard Brake), e ambos chantageiam o diretor do presídio onde a irmã de Otis, Baby (Sheri Moon Zombie), está presa, para facilitar sua fuga.
Após o sucesso de seu planos e mais cadáveres no caminho do trio, eles decidem fugir para o México, onde o destino destes assassinos encontra a consequência sangrenta de uma das mortes ocorridas na fuga de Otis, que vem cobrar a conta.
Zombie é um diretor de gênero, focado no terror B, mas que demonstra talento na estilização daquilo que seu filme se propõe, sem muitas concessões. Porém, seu texto não acompanha as suas qualidades de direção, e isso compromete bastante o resultado final dos seus filmes, e aqui em “Os 3 Infernais” não é diferente.
A trilha sonora recheada de bom heavy metal casa bem com a visceralidade das cenas de violência ao longo da trajetória do trio protagonista, e a fotografia explorando bastante o retrô da granulação de reportagens e gravações dos anos 90 funciona intercalando com a narrativa principal.
“Os 3 Infernais” é um filme que satisfaz os fãs do cinema de Rob Zombie, e fecha de forma satisfatória a trajetória dos irmãos Firefly dentro da mesma proposta dos filmes anteriores, que só não o torna um bom filme pelo seu roteiro precário que não acompanha nem de perto os méritos que este filme possui.