Avaliação Hybrido
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A série “Barry” se encerra nesta quarta temporada entregando consequências tanto nas opções de seus principais personagens ao fim da última temporada, como também após uma ruptura elíptica no meio desta derradeira temporada, entregando o destino de Barry tanto no campo profissional (crime) como também o sentimental, tanto com Sally quanto com seus mentores de crime (Fuches) e arte (Gene).

Aqui a irregularidade já presente na terceira temporada se repete, e o autorismo de Bill Hader dirigindo todos os episódios desta quarta temporada se impõe acima do arco da série como um todo: se os episódos são muito bem dirigidos e um verdadeiro release de Hader como realizador pro futuro, a liberdade criativa acaba afetando o ritmo da narrativa e o fluxo da evolução dos personagens até seu derradeiro episódio, onde se define o destino de cada um deles.

A mensagem final claramente aponta uma crítica sobre a valorização das aparências frente à verdade, tanto pelos fatos (a forma como Barry e Gene ficam reconhecidos na história, através de um filme baseado em uma versão dos fatos e não a verdade), como o protagonista buscando algum tipo de amor e reconhecimento paternal na arte, e acaba descobrindo, entre idas e vindas, que de alguma forma ele já existia no meio que ele vivia.

O escapismo (aqui via arte) acaba marcado como uma verdadeira terapia para Barry, e como um remédio ineficaz para confrontar seus erros e pecados no lastro de crimes cometidos durante a série. Dada a irregularidade da narrativa ao longo das temporadas, soa confusa a conclusão da saga – mesmo que o peso da imprevisibilidade dos fatos seja uma marca da obra como um todo.